Eu e o trabalho com as mulheres

Desde o momento em que iniciei o meu despertar, para o desejo de ajudar outras pessoas, era em especial a outras mulheres e suas questões.

Meu maior trauma, o qual gerou outras dores, foi a minha história com o abuso sexual infantil. E assim como eu tive coragem de falar sobre o assunto com alguém apenas após meus 30 anos de idade, imaginava que outras tantas mulheres também deviam viver uma vida infeliz, escondendo um trauma como esse, por medo e vergonha, como eu sentia. E eu queria poder ajudar de alguma forma.

No meu processo de autoconhecimento, cheguei a participar de um projeto de terapia em grupo, com outras mulheres, e foi uma experiência incrível. Apenas reforçou o meu desejo, pois pasmem, mas a grande maioria das mulheres já sofreu algum tipo de abuso sexual ao longo de sua história. 

Desde então, já conduzi rodas de cura e vivências para grupo de mulheres, e atendi muitas mulheres em meu consultório, que tinham histórias de vida parecidas com a minha. E a cada passo que auxilio uma mulher a dar, eu seu processo, é mais um pedacinho de mim que sai curado.

No meio terapêutico falam que só conseguimos ajudar o outro até onde já fomos, e de fato, a grande maioria das mulheres que já atendi, tem histórias muito parecidas com a minha, gerando uma linda conexão entre eu e essas mulheres.

Além dos traumas relacionados a abusos sexuais, as mulheres vivenciam outras dores, frequentemente associadas a construções sociais, culturais, emocionais e biológicas. Essas dores podem ser físicas, emocionais, psicológicas ou mesmo espirituais, e são frequentemente moldadas por questões históricas e estruturais de desigualdade de gênero. Vamos falar sobre algumas delas:

  • Dores físicas: ciclo menstrual, gravidez e parto, e doenças ginecológicas.
  • Dores emocionais e psicológicas: carga mental, pressão estética, relacionamentos.
  • Dores sociais: violência de gênero, desigualdade de oportunidades, dupla jornada.
  • Dores históricas e culturais: silenciamento, estigmas religiosos.

Apesar das dores, o feminino também é um espaço de força, criatividade e transformação. Muitas mulheres encontram cura e empoderamento por meio de: conexão com outras mulheres, autoconhecimento, arte e expressão.

Essas dores são complexas e multifacetadas, mas discutir e reconhecer essas experiências é um passo importante para gerar empatia, acolhimento e mudança. Se quiser explorar algum aspecto mais a fundo, é só me falar!

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